Análise: "Medal of Honor" (2010)

 
Já estava mais do que na hora de Medal of Honor entrar para a nova geração, depois de vários jogos da série que nem foram tão agradáveis na sexta geração, a EA, declarando guerra direta com a série Call of Duty (da Activision), lança Medal of Honor.

Como nos últimos jogos FPS, vemos combate moderno, aliás, a “moda” é essa.

Começamos dizendo sobre a campanha singleplayer - já que multiplayer e singleplayer são feitos por duas empresas diferentes, com engine diferentes -. E não é mesmo que o jogo da EA está bem adaptado com a atualidade? A campanha é pequena (cerca de 6 horas), cheia de cutscenes e algumas partes clichês, mas mesmo assim, temos um singleplayer sólido o bastante para conseguir pelo menos competir com Call of Duty: Modern Warfare 2.

Ainda sobre o modo campanha, é possível perceber a grande gama de jargões e codenomes reais que são usados durante os diálogos, está certo, vai demorar um pouco para você se acostumar com o novo vocabulário, mas mesmo assim, quando você “pega o jeito”, ninguém mais te segura e você se sente realmente em uma operação militar, e esquece que é um game.

O modo que MoH consegue ser frenético é impressionante, enquanto você ouve seus parceiros usando palavras dignas de gente que está em guerra, você vê o pacote se completando com vários inimigos aparecendo na tela, explosões simplesmente incríveis e oponentes voando pelos ares com sua granada. A engine tem cenários parcialmente destrutíveis, para não tomar essa caracterísitca de BattleField: Bad Company 2 e nem ser tão linear como Modern Warfare 2, ou seja, está na média, algo agradável.

Agora, sobre o multiplayer. Como a DICE (de BattleField) está envolvida no online, podemos ver que realmente o multi de MoH é incrível. Continua frenético, com armas legais, diálogos bacanas e uma engine apropriada. São vários modos de jogo, todos bem caprichados, onde você vê a mão da DICE esmagando o online de Modern Warfare 2. E os problemas do Closed Beta e Open Beta foram corrigidos, fora algumas sugestões dos fãs, que também foram levadas em conta na versão final.

E não temos apenas modos de jogo normais, encontrados em qualquer título. O modo Tier 1, é algo que nem sempre se vê. O Tier 1 é online, mas sem outros jogadores estarem juntos com você em tempo real. Na verdade, você visita novamente os lugares da campanha principal, mas com dificuldade bem maior e tentando quebrar o recorde de tempo de seus amigos. Se você ultrapassa um deles, é possível em cerca de 3 segundos mandar uma mensagem para seu amigo dizendo “Eu te passei no Tier 1”. Assim, a competividade aumenta, assim como a vida útil do jogo.

Concluindo: Medal of Honor tem um singleplayer bom, e um multiplayer muito caprichado, nos mínimos detalhes mesmo, aliás, tem envolvimento profundo da DICE aí. Consegue ser melhor que Modern Warfare 2 em vários momentos e o Tier 1 consegue aumentar a duração do jogo. É um game que tem lá alguns problemas, mas vale a pena, e muito!

Apresentação: 8.0
Gráficos: 9.0
Jogabilidade: 8.5
Áudio: 8.5
Diversão: 9.0

Nota final: 8.5