Review: "Guitar Hero 5"

Olá Galera este é o segundo Review do BLOG espero que gostem!! ENJOY"

The New York Times - Seth Schiesel


05.10.2009


Existe um segredo sombrio o qual carrego por anos, algo que preciso tirar do meu peito. Lá vai: Nunca gostei de verdade de Megadeth.
Chocante, eu sei. E fica pior ainda. Assisto shows ao vivo cerca de 75 vezes por ano, e quase nada é thrash metal.

Bem, caso você esteja preocupado, aqui vai a boa notícia: depois de jogar “Sweating Bullets” do Megadeth (do álbum de 1992 da banda, “Countdown to Extinction”) várias vezes no novo "Guitar Hero 5", agora me considero um fã novato de Megadeth. Se ficar sabendo que a banda vai tocar aqui perto em breve, eu vou.
Esse é o efeito que um jogo musical deve ter nos jogadores, e o novo "Guitar Hero 5" é um jogo musical muito bom.




Entre toda a expectativa justificável em torno de "The Beatles: Rock Band", "Guitar Hero 5" chegou sem muito conhecimento. Além da publicidade dada à fúria dúbia de Courtney Love sobre a inclusão de um avatar de seu falecido marido, Kurt Cobain, no jogo (mais sobre isso em instantes), o novo "Guitar Hero" foi lançado com pouca atenção.

Em certo ponto isso é compreensível. "The Beatles: Rock Band" é um evento cultural. "Guitar Hero 5" é simplesmente o mais divertido da série em alguns anos.

Sem atolar em muitas maquinações corporativas, é suficiente dizer que os criadores de "Guitar Hero", a Harmonix, não estão mais envolvidos na franquia e agora fazem a série concorrente "Rock Band" para a MTV. Enquanto isso, "Guitar Hero", que é controlado pela produtora Activision, é desenvolvido agora por um estúdio diferente, chamado Neversoft.

Desde que herdou a franquia, a Neversoft trabalhou com a síndrome do irmão caçula. E é justo dizer que a Neversoft não foi chamada para inovar no mesmo patamar conceitual que a Harmonix quando inventou o formato moderno de jogo musical. A Neversoft é mais relacionada a um zelador de um negócio produtivo.
Se você não quer tocar músicas dos Beatles o tempo todo, "Guitar Hero 5" oferece uma experiência de rock ‘n’ roll geralmente bem sintonizada e apaixonante.

"Guitar Hero 5" inclui 85 músicas de 83 artistas. Para games desse tipo, que tendem a ser mais tematicamente consistentes, "Guitar Hero 5" é eclético, para dizer o mínimo. O ponto positivo óbvio é que há pelo menos um pouco para qualquer um que já gostou de música pop nos últimos 40 anos. (A escalação possui canções de artistas tão diversos quanto Rolling Stones, Stevie Wonder, Billy Idol, Public Enemy, Beck, TV on the Radio e Wolfmother.)

A maioria das faixas é dos anos 1990 e da década atual, e muitos capítulos do modo carreira do jogo parecem seguir um padrão comum de exigir que se toquem músicas de grupos mais recentes como 3 Doors Down, Spacehog e Sublime antes de destravar os clássicos de bandas como Iron Maiden, Bob Dylan e Kiss. (No modo quick-play todas as músicas estão disponíveis desde o princípio.)

Gostei da turnê pelo pop moderno, fermentado com heavy metal e classic rock, mas os mais cruéis poderiam facilmente chamar a seleção musical de aleatória. O ponto negativo claro de tal variedade é que a maioria das pessoas no modo carreira vai se tocando músicas as quais as irritam de alguma forma.

Como o último jogo "Guitar Hero", a nova versão inclui um tipo de estúdio de gravação digital em que os jogadores podem criar as próprias faixas.

Mas para a maior parte das pessoas essa característica vai ser um pouco mais que curiosidade. Enquanto o sistema parece poderoso, também parece muito complicado para ser usado de forma eficiente. E justiça seja feita, criar música de verdade a partir do nada vai ser talvez desencorajador.

"Guitar Hero" está agora estabelecido com firmeza com game grupal, com vocal e bateria além das imitações de guitarra e baixo, uma fórmula cujo pioneirismo vem de "Rock Band", da Harmonix. Mas o coração e a força de "Guitar Hero" permanecem nos instrumentos de corda. As transcrições vocais e marcadores de tons de "Guitar Hero 5", em particular, são de certa forma brutos em contraste com aqueles de "The Beatles: Rock Band".


Mas como simulação pura de guitarra e baixo, "Guitar Hero 5" é bem mais detalhado, desafiador e envolvente que "The Beatles: Rock Band". No modo carreira o jogos dos Beatles é organizado cronologicamente. A progressão de "Guitar Hero 5" é definida amplamente pela dificuldade. (A música final do modo de história principal é uma versão ao vivo de “The Spirit of Radio”, do Rush.) Em cada uma das várias configurações gerais de dificuldade do jogo, o modo carreira faz um trabalho excelente de exigir mais destreza e coordenação gradualmente.

"The Beatles: Rock Band" é ótimo em vários aspectos, mas você nunca vai sair desse jogo com a sensação de ser um pequeno deus do rock como me senti depois de passar por uma sessão ao vivo de “No One to Depend On”, de Santana, “2 Minutes to Midnight”, do Iron Maiden, “Younk Funk”, de Derek Trucks Band, ou da opus de 13 minutos e 40 segundos “Do You Feel Like We Do?”, de Peter Frampton.

Quanto à controvérsia da inclusão de Kurt Cobain (ao lado de outros como Johnny Cash e Santana) como um jogador controlável no game, não consigo entender toda a celeuma. Claro, é incongruente ver um Cobain digital cantando “Hungry Like the Wolf”, de Duran Duran, mas me diverti com Johnny Cash cantando a famosa “Yeeeeaaaa ah boy!” de Flavor Flav e depois cruzando os braços no começo do remix de “Bring the Noise” de Public Enemy.

Presumindo que a Activision fez com que a Srta. Love assinasse os contratos, parece que a questão legal em potencial (se a Srta. Love de fato cumprir a ameaça de processar) é se fazer com que Cobain reencene músicas de outros artistas prejudica a sua imagem de alguma forma.

Sou tão Deadhead quanto minha geração foi capaz de produzir (Jerry Garcia morreu quando eu tinha 22 anos, e já tinha visto cerca de 90 shows do Grateful Dead e uma dúzia de Jerry Garcia Band), então eu entendo o que é ser fã. Hipoteticamente, seria estranho ver um Garcia digital tocando uma música de Jimmy Eat World? Claro, mas depois de 15 segundos de choque, acharia totalmente hilário.

Esses artistas principais são muito grandes e muito importantes para serem danificados em um sentido cultural por mera inclusão em um jogo.

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